COMENTÁRIOS DO BLOG: Parabêns pelo o sucesso do seu blog.Já conheço bastante o seu trabalho sei o quando você quer fazer tudo perfeito,é um tipo de profissional que vai além do seu limites.Mais mesmo assim alcança sempre o topo do sucesso.Sei que a empresa TAIS FERREIRA varoliza o seu trabalho,pois reconhece aondes você fez ela chegar.Continue assim..."Não importa ser rico,o mais grandioso é fazer o bem" Keylla Alves. ... COMENTÁRIOS DO BLOG: Obrigada pelo comentário,muito gentil. Seu blog tb tá demais,já add à minha lista! Parabens! Alice Sales.... COMENTÁRIOS DO BLOG: Caro Moisés,Dentre as característica de liderança mecionadas, considero que a capacidade de gerar confiança é uma das mais importantes. Ninguém segue uma pessoa quando se sabe que ela será a primeira a abandonar o barco quando as coisas ficarem dificeis. Sucesso,Jairo Siqueira

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domingo, 27 de novembro de 2011

Tempos Modernos


A grande obra de Charlin Chaplin marca a história do cinema com sua ampla visão científica, explorando temas da psicologia, sociologia e psiquiatria com discussões voltadas para situações reais vivenciadas por uma sociedade em transformação (1890-1940), essa, acelerada pela revolução industrial. As cenas acontecem dentro de uma fábrica metalúrgica que desde o início do filme não sabemos qual produto é fabricado, apenas vemos trabalho, trabalho e mais trabalho. Todo esse trabalho é realizado por homens e máquinas, mas essa relação se confunde ao ponto de não sabermos mais quem é homem e quem é máquina, essa simbologia é representada na cena onde o operário (Charlin Chaplin) entra em crise psicológica após toda pressão exercida sobre ele, adquirindo um “tique nervoso” e acaba caindo dentro de uma esteira e circula entre as grandes engrenagens. Toda essa pressão é sempre exercida pelo grande empregador que visualiza através de uma grande tela (inclusive com controle de áudio – aqui uma pitada de ficção científica, para sua época) de forma quase onipresente a cada funcionário, exigindo sempre mais produção, sem a menor preocupação com a real capacidade de produção dos operários, tempo de trabalho, condições mínimas para que o ser humano pudesse recompor suas energias e voltar ao seu posto. Nesse ponto do filme podemos destacar a função desumana do capitalismo que visando sempre o lucro quer sempre mais.
Outro ponto do filme que merece muita atenção é a questão social que ocorre fora da “fábrica”, o cenário é de extrema pobreza, causada pelo elevado índice de desemprego, crise no comércio, exclusão das mulheres do mercado de trabalho, as passeatas dos trabalhadores que já iniciavam uma luta contra as conseqüências do novo regime. A pobreza e o desemprego são demonstrados por dois personagens a garota: (“a pedinte”) e seu pai (“o desempregado”), ambos, reflexos de uma política de exclusão e capital. A garota sobrevive através de pequenos furtos realizados no comércio de sua vizinhança, seu pai, desempregado, busca através dos movimentos dos trabalhadores uma solução para sua dura realidade e acaba sendo morto pela repressão da polícia, que com violência tenta atender o “clamor” da burguesia que pede “ordem”.
Podemos observar que apesar de tantos dramas vividos pelos operários, já havia a semente do capitalismo, plantadas em suas mentes, essa semente chama-se “consumo”. O desejo pelo consumo é demonstrado em dois momentos do filme que acreditamos ser relevantes e que simbolizam através das reações dos personagens. A primeira cena é vivida entre o “operário” e a “garota”, quando estão sentados à sombra de uma árvore e avistam um casal se despedindo enquanto o esposo vai para seu trabalho e deixa sua esposa para cuidar da bela casa, algo que para eles demonstrou uma imensa felicidade vivida pelo casal apaixonado que ali aparentemente via. Isso nos chama a atenção pelo desejo da casa própria instalado pela necessidade da indústria da construção civil que ainda nos dias de hoje que utiliza em seu material de marketing o “slogan” de uma família feliz saindo de uma linda casa, ou mostrando todo conforto de seus cômodos que nos coloca em momentos de nostalgia, quase sonhando. Da mesma forma aconteceu com os dois personagens que ao ver aquela cena foram bombardeados pelo desejo de viver essa realidade, logo para alcançar tal desejo “terá que trabalhar”. A segunda cena é demonstrada quando ele consegue um emprego em uma loja de artigos do lar, ele consegue colocar a garota dentro da loja e passa a utilizar dos artigos para aumentar ainda mais seus desejos.
O filme Tempos Modernos retrata o ponto de vista de um artista atento as transformações de sua época e as conseqüências do capitalismo para a sociedade, as mudanças na estrutura social estimularam um novo comportamento, um novo olhar sobre as atividades econômicas dentro das relações de trabalho, emprego e até na estrutura familiar. Uma vez que o a revolução industrial trouxe consigo uma série de outros fatores que se revelaram como, por exemplo, as questões dos direitos do trabalhador, a questão do trabalho infantil e a chegada da mulher ao mercado de trabalho.
Nos “tempos modernos” (atualmente) o homem continua sua saga pela justiça trabalhista propriamente dita como “justa”, mas não percebe que os mecanismos mudaram, as máquinas mudaram, os processos também mudaram, mas uma coisa não mudou: a sede por produzir mais, de captar mais, a injustiça para com o “operário”. O homem máquina continua sendo cada vez mais exigido e cada vez menos remunerado, uma vez que dentro um princípio de proporcionalidade, quando se aumentar a produção, aumentar-se-ia a remuneração.
É notório que desde a revolução industrial houveram vários avanços no ramo da sociologia organizacional, na psicologia organizacional, nas ciências relacionadas ao trabalho humano propriamente dito, com vários estudos que proporcionaram esses avanços, com isso, o homem deve buscar a sua igualdade visto que as relações de trabalho nada mas são que um contrato psicológico social, onde, de um lado temos o empreendedor que através do seu capital assume um risco sobre uma produção ou serviço e do outro lado o trabalhador que através do trabalho espera ser remunerado de forma justa, logo, esse contrato deverá em tese, conter suas partes “iguais” no que diz respeito aos frutos dessa relação.


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